terça-feira, 26 de novembro de 2013

Saiba mais sobre reconstrução mamária após câncer


Saiba mais sobre reconstrução mamária após câncer
Uma das opções para a mulher de reabilitação após a retirada das mamas causada pelo câncer é a reconstrução mamária. A cirurgiã plástica Eliane Hwang, da Unidade de Tratamento de Queimaduras do Hospital São Paulo (Unifesp), do Hospital São Cristóvão e do Hospital Heliópolis, em São Paulo, explica que a operação pode ser feita, a depender do caso, no momento da mastectomia. “Quando possível, é a melhor opção, pois devolve o volume da mama imediatamente, sem que a paciente tenha que ficar sem o órgão por um tempo. Pode-se utilizar prótese de silicone – método mais comum – ou um retalho (seguimento com pele e gordura) da barriga ou das costas”, diz. De acordo com a médica, é possível usar expansores de tecidos, que são como próteses de silicone vazias que ganham projeção com soro fisiológico e, depois que a pele for expandida, troca-se por uma prótese de silicone. Hwang afirma que o uso da prótese é indicada quando o mamilo, a aréola e a pele são preservados. Já nos casos em que ocorre retirada de pele e  aréola é necessário repor a pele do local, que é recrutada da barriga, das costas ou mesmo de áreas próximas às mamas. “Porém, cada caso deve ser avaliado individualmente, inclusive a necessidade de quimioterapia e radioterapia que pode mudar totalmente a conduta cirúrgica”, alerta. A cirurgiã fala que a cirurgia de reconstrução tem os mesmos riscos comuns a todo processo cirúrgico, associado à possibilidade de hérnias nos casos em que for utilizado o retalho da barriga. A cirurgia, de acordo com a médica, é contraindicada em casos avançados de câncer, sem possibilidade de cura da doença e com prognóstico ruim ou comorbidades. Os cuidados dependem do tipo de cirurgia, mas todas necessitam de repouso por 15 dias. Pode ainda ser necessário o uso de drenos, malhas compressivas e curativos especiais. “É muito importante que a paciente seja avaliada pelo cirurgião plástico que, juntamente com o mastologista e a paciente, decidirão pela melhor opção de tratamento e cura da doença. É importante ressaltar que a cura da doença é sempre mais importante do que a reconstrução”, avalia.

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