Uma das opções para a mulher de
reabilitação após a retirada das mamas causada pelo câncer é a
reconstrução mamária. A cirurgiã plástica Eliane Hwang, da Unidade de
Tratamento de Queimaduras do Hospital São Paulo (Unifesp), do Hospital
São Cristóvão e do Hospital Heliópolis, em São Paulo, explica que a
operação pode ser feita, a depender do caso, no momento da mastectomia.
“Quando possível, é a melhor opção, pois devolve o volume da mama
imediatamente, sem que a paciente tenha que ficar sem o órgão por um
tempo. Pode-se utilizar prótese de silicone – método mais comum – ou um
retalho (seguimento com pele e gordura) da barriga ou das costas”, diz.
De acordo com a médica, é possível usar expansores de tecidos, que são
como próteses de silicone vazias que ganham projeção com soro
fisiológico e, depois que a pele for expandida, troca-se por uma prótese
de silicone. Hwang afirma que o uso da prótese é indicada quando o
mamilo, a aréola e a pele são preservados. Já nos casos em que ocorre
retirada de pele e aréola é necessário repor a pele do local, que é
recrutada da barriga, das costas ou mesmo de áreas próximas às mamas.
“Porém, cada caso deve ser avaliado individualmente, inclusive a
necessidade de quimioterapia e radioterapia que pode mudar totalmente a
conduta cirúrgica”, alerta. A cirurgiã fala que a cirurgia de
reconstrução tem os mesmos riscos comuns a todo processo cirúrgico,
associado à possibilidade de hérnias nos casos em que for utilizado o
retalho da barriga. A cirurgia, de acordo com a médica, é contraindicada
em casos avançados de câncer, sem possibilidade de cura da doença e com
prognóstico ruim ou comorbidades. Os cuidados dependem do tipo de
cirurgia, mas todas necessitam de repouso por 15 dias. Pode ainda ser
necessário o uso de drenos, malhas compressivas e curativos especiais.
“É muito importante que a paciente seja avaliada pelo cirurgião plástico
que, juntamente com o mastologista e a paciente, decidirão pela melhor
opção de tratamento e cura da doença. É importante ressaltar que a cura
da doença é sempre mais importante do que a reconstrução”, avalia.
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