O sucesso obtido com os testes de dengue, zika e chikungunya abriu novas portas para a Bahiafarma. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu à empresa baiana registro para produção de insulina. E, de acordo com o presidente da empresa, Ronaldo Dias, a Bahiafarma já peticionou o teste de febre amarela. "A tendência é que no verão já esteja disponível para a população", ressaltou o gestor em entrevista ao Bahia Notícias. A nova ferramenta será produzida a partir da parceria com a empresa coreana Genbody Inc., também envolvida na produção dos testes das três arboviroses que atingiram o Brasil no último ano. "Eu acho que a gente tem caminhado muito bem. De chikungunya, dengue e zika já vamos entregar todos os contratos celebrados no ano passado e início desse ano. A tendência é que a gente já discuta os contratos agora para o próximo verão, porque a gente sabe que todo verão tem aumento dessa demanda", acrescentou. Na avaliação de Dias, a Bahiafarma "tem caminhado muito bem" e segue uma tendência cada vez mais forte de gerar dividendos para o estado. "Essa fábrica [de insulina], por exemplo, vai gerar emprego, arrecadação... É uma oportunidade que a gente não tinha antes. A gente tinha uma Bahiafarma que consumia recursos do tesouro. Hoje ela vive realmente da ação dos produtos que ela vende e a tendência é que esse processo se amplie ainda mais", pontuou. Com a proximidade do verão, a produção dos testes rápidos passa a ser ainda maior, já que o ciclo do mosquito está ligado às estações do ano, elevando o número de casos de arboviroses. Em contratos firmados com o Ministério da Saúde, a Bahiafarma já vendeu 2 milhões de testes de dengue, 1 milhão de chikungunya e 3,5 milhões de zika. "A nossa dúvida sempre é sobre o que vai aumentar, se é dengue, zika, chikungunya, febre amarela, Mayaro, Oropouche ou doenças novas que podem aparecer. O que a Bahiafarma tem tentado é se formatar como uma ferramenta do ministério para combater essas doenças", concluiu. De acordo com dados da Secretaria da Saúde da Bahia, o estado registrou neste ano 7.643 casos prováveis de dengue, 4.982 de chikungunya e 1.362 de zika. A pasta informou que, desde 2000, a Bahia não registra casos de febre amarela. Neste ano, foram 15 suspeitos, dos quais 14 foram descartados. Não há registros de febre do Mayaro ou vírus Oropouche no estado.
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