O Brasil é um dos poucos países que apresentam alta carga de tuberculose e bom desemprenho no que diz respeito aos indicadores de incidência, com uma notificação de quase 90% de todos os casos no país. A informação foi divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no Relatório Global de Tuberculose. O documento, que revela os dados epidemiológicos da tuberculose no mundo, considerando 201 países e territórios que representam mais de 99% da população mundial e dos casos notificados de tuberculose, indica que a situação epidemiológica da tuberculose drogarresistente (TB-DR) no Brasil é controlada. Segundo a publicação, os dados estão relacinados a atividades de controle estabelecidas no país, entre elas a oferta do tratamento exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde a implantação do Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB), que detecta a resistência à rifampicina no momento do diagnóstico, o Brasil diagnosticou mais de 50% dos casos de TB multidrogarresistente estimados para o país pela OMS. O relatório indica ainda que a integração de uma agenda multissetorial de pesquisa no Brasil tem sido crucial para o enfrentamento da doença. Um exemplo reconhecido pela OMS é o engajamento entre o Ministério da Saúde, academia, organismos internacionais e agências de financiamento para otimizar a prestação de serviços de TB para as populações mais pobres e vulneráveis do Brasil, alavancando a plataforma nacional de proteção social existente. De acordo com a OMS, o Brasil figura como um dos países prioritários para o enfrentamento da tuberculose e da coinfecção TB-HIV. Isso significa que o país está entre os 48 países prioritários para a abordagem da tuberculose, tanto por ser considerado um dos países com maior número de casos da doença no mundo, como também por ser um dos países com maior número de casos de TB-HIV.
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