segunda-feira, 31 de julho de 2017

Fabricação de Buscopan Gotas será encerrado no Brasil, diz farmacêutica




O remédio Buscopan Composto Gotas (butilbrometo de escopolamina e dipirona sódica monoidratada) terá sua fabricação descontinuada no Brasil. O medicamento, com ação analgésica, é indicado para o tratamento dos sintomas de cólicas menstruais, intestinais, estomacais, urinárias, entre outros. O remédio é fabricado pela Boehringer Ingelheim do Brasil, que comunicou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em maio, sobre o fim – temporário, afirma a empresa – da fabricação do medicamento. O produto começou a ser retirado de circulação no dia 13 de junho. O motivo da retirada foi “resultado fora de especificação identificado durante estudos de estabilidade, que fazem parte do monitoramento dos produtos farmacêuticos no mercado”. A medicação é vendida em outros países da América Latina, o e a venda foi descontinuada na Venezuela, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. A empresa não tem previsão de quando será normalizada a distribuição do composto no mercado nacional, mas ressalta que há alternativas terapêuticas disponíveis, e que demais “produtos da família Buscopan, como Buscopan Composto comprimidos e Buscopan gotas continuam disponíveis” aos consumidores.

76% dos hospitais não têm condições de atender casos de AVC





Uma pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) com médicos neurologistas e neurocirurgiões de todo o Brasil indica que 76% dos hospitais públicos onde eles trabalham não apresentam condições adequadas para atender casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Apenas 3% dos serviços avaliados pelos médicos têm estrutura classificada como muito adequada e 21% como adequada, de acordo com estudo divulgado hoje (31). O CFM ouviu 501 médicos que trabalham em serviços de urgência e emergência de unidades de saúde pública de todo o país. Eles responderam a um questionário sobre a situação do atendimento a pacientes com AVC, considerando critérios como o acesso exames de imagem em até 15 minutos, disponibilidade de leitos e medicamentos específicos, triagem dos pacientes identificados com AVC de forma imediata, capacidade numérica e técnica da equipe médica especializada e qualidade das instalações disponíveis, entre outros pontos baseados em parâmetros internacionais e nacionais de atendimento ao AVC. A percepção da maior parte dos médicos entrevistados aponta que as unidades públicas de saúde nem sempre estão preparadas para receber de forma adequada um paciente com sintomas do AVC, apesar de ser uma doença grave que está entre as principais causas de morte em todo o mundo. “Nós fomos atrás dessa percepção em virtude do Acidente Vascular Cerebral ser a segunda principal causa de morte no Brasil, um dado epidemiológico. E é a principal causa de incapacidade no mundo e no Brasil, gerando inúmeras internações”, disse Hideraldo Cabeça, neurologista responsável pela pesquisa e coordenador da Câmara Técnica de Neurologia e Neurocirurgia do CFM.


Infraestrutura de atendimento é inadequada: Segundo a pesquisa, a infraestrutura de atendimento a AVC é inadequada em 37% dos serviços e pouco adequada em 39%, totalizando 76% de serviços que não se enquadram totalmente nos protocolos de atenção ao AVC estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Entre os itens essenciais que não estão disponíveis em mais da metade das unidades de saúde figura a tomografia em até 15 minutos e o acesso ao medicamento trombolítico, usado para dissolver o sangue coagulado nas veias do cérebro.


“Você não ter o uso do trombolítico em 100% dos serviços é um problema sério. Se o mesmo indivíduo chegar em locais diferentes, em um ponto ele vai ter atendimento próximo daquele que é recomendado e em outro local, não. E se tem o trombolítico, tem local pra fazer? Ele vai fazer na maca ou de forma respeitosa em um leito apropriado?”, questionou o neurologista. A pesquisa aponta ainda que em 66,4% das unidades não havia apoio adequado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). E em 87,9% dos hospitais não havia número suficiente de leitos para a demanda de AVC.


“Nosso objetivo é atender rápido e trazer menos prejuízos. Quanto menor o tempo de atendimento, maior a chance de menor sequela. Se você atende em um curto tempo, você aumenta a chance de benefício e recuperação desse indivíduo e seu retorno à sociedade” afirmou Hideraldo. A rapidez no atendimento fez a diferença para a recuperação do treinador de futebol Ricardo Gomes. O então técnico do Vasco da Gama sofreu um AVC hemorrágico em 2011 na beira do campo, em um jogo contra o Flamengo. Ele foi prontamente atendido. Seis anos após o acidente, Gomes ainda faz reabilitação para amenizar as sequelas, mas retomou sua rotina de trabalho. O caso do técnico é lembrado em campanhas de conscientização promovidas pela Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares e outras associações médicas.

Cálculo renal pode ser evitado bebendo água




Os casos de cálculo renal, conhecido popularmente com pedra nos rins acometem 12% da população brasileira, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia. O pico de incidência está entre 40 e 49 anos. A nefrologista do Instituto de Nefrologia e Diálise (Ined), Rita Barreto, informou que diagnóstico de novos casos tem crescido nos últimos anos, fato este, relacionado à prevalência de patologias metabólicas, como diabetes mellitus, hipertensão arterial e dislipidemias (elevação de colesterol), obesidade, hiperuricemia, hábitos alimentares errados, que são considerados fatores de risco para litíase renal. De acordo com a especialista, a litíase renal é mais comum no sexo masculino. “12% dos homens sofrem com a enfermidade e as mulheres em torno de 6%,. Porém, nos últimos anos vem aumentando os casos no sexo feminino e na faixa pediátrica. É também mais comum na raça branca e tem características genéticas, embora hoje os fatores ambientes estejam em destaque na formação de cálculos renais”, esclareceu.

Estudo aponta que fumar pode aumentar sensibilidade ao estresse


Estudo aponta que fumar pode aumentar sensibilidade ao estresse

Fumar pode aumentar a sensibilidade ao estresse, conforme um estudo feito em ratos pelo Centro Nacional para a Pesquisa Científica da França(CNRS) e publicado nesta terça-feira, 25, na revista "Molecular Psychiatry".  Contrariando a ideia popular que diz que fumar tem efeito relaxante e que a falta de nicotina produz estresse, a exposição a esta viciadora molécula pode produzir o efeito inverso, afirmaram os autores da investigação em comunicado.  Os científicos avaliaram os níveis de estresse social em roedores, situação que acontece quando "um destes animais é submetido a repetidas agressões dos dominantes". Nessa circunstância, alguns ratos bloquearam os receptores de nicotina, enquanto outros ativaram.  A partir da avaliação do comportamento e dos parâmetros eletrofisiológicos cerebrais, os especialistas do CNRS estabeleceram que não aparecem sinais de estresse social quando os receptores estão bloqueados e no caso contrário eles foram amplificados.  "Os pesquisadores também puderam constatar que um rato exposto a uma só agressão apresenta sinais de estresse só se tiver sido exposto previamente à nicotina", indica o estudo.  Ainda que o trabalho tenha foco em como os receptores nicotínicos afetam o controle do estresse nos ratos, o CNRS anunciou que os cientistas examinarão se essa situação pode ser ampliada a todos os transtornos de estado de ânimo e se os resultados são aplicáveis a seres humanos. 

Uso de filtro solar é recomendável também no inverno





Embora os danos à pele causados pela exposição solar sem proteção sejam mais associados ao verão, a chegada do inverno não deve ser motivo para que se abandone o uso do filtro solar. Isso porque a emissão de raios ultravioleta ocorre durante todo o ano, inclusive no inverno e em dias nublados de qualquer uma das quatro estações. Os raios ultravioleta são responsáveis pelo desenvolvimento de câncer de pele e outros lesões cutâneas, queimaduras e envelhecimento precoce da pele. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os tumores de pele do tipo não melanoma representam 175 mil dos 600 mil novos casos de câncer estimados para o ano. Somados a eles, mais 6 mil novos casos de melanoma, o tipo mais agressivo dos tumores cutâneos. A exposição acumulativa ao sol, sem proteção, é a principal causa relacionada com a alta incidência de câncer de pele, sobretudo do tipo espinocelular. Neste cenário, o desafio dos especialistas está em orientar a sociedade sobre a importância de a fotoproteção ser adotada não apenas nos dias ensolarados.

sábado, 29 de julho de 2017

Teste de febre amarela é peticionado pela Bahiafarma e deve estar disponível no verão




O sucesso obtido com os testes de dengue, zika e chikungunya abriu novas portas para a Bahiafarma. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu à empresa baiana registro para produção de insulina. E, de acordo com o presidente da empresa, Ronaldo Dias, a Bahiafarma já peticionou o teste de febre amarela. "A tendência é que no verão já esteja disponível para a população", ressaltou o gestor em entrevista ao Bahia Notícias. A nova ferramenta será produzida a partir da parceria com a empresa coreana Genbody Inc., também envolvida na produção dos testes das três arboviroses que atingiram o Brasil no último ano. "Eu acho que a gente tem caminhado muito bem. De chikungunya, dengue e zika já vamos entregar todos os contratos celebrados no ano passado e início desse ano. A tendência é que a gente já discuta os contratos agora para o próximo verão, porque a gente sabe que todo verão tem aumento dessa demanda", acrescentou. Na avaliação de Dias, a Bahiafarma "tem caminhado muito bem" e segue uma tendência cada vez mais forte de gerar dividendos para o estado. "Essa fábrica [de insulina], por exemplo, vai gerar emprego, arrecadação... É uma oportunidade que a gente não tinha antes. A gente tinha uma Bahiafarma que consumia recursos do tesouro. Hoje ela vive realmente da ação dos produtos que ela vende e a tendência é que esse processo se amplie ainda mais", pontuou. Com a proximidade do verão, a produção dos testes rápidos passa a ser ainda maior, já que o ciclo do mosquito está ligado às estações do ano, elevando o número de casos de arboviroses. Em contratos firmados com o Ministério da Saúde, a Bahiafarma já vendeu 2 milhões de testes de dengue, 1 milhão de chikungunya e 3,5 milhões de zika. "A nossa dúvida sempre é sobre o que vai aumentar, se é dengue, zika, chikungunya, febre amarela, Mayaro, Oropouche ou doenças novas que podem aparecer. O que a Bahiafarma tem tentado é se formatar como uma ferramenta do ministério para combater essas doenças", concluiu. De acordo com dados da Secretaria da Saúde da Bahia, o estado registrou neste ano 7.643 casos prováveis de dengue, 4.982 de chikungunya e 1.362 de zika. A pasta informou que, desde 2000, a Bahia não registra casos de febre amarela. Neste ano, foram 15 suspeitos, dos quais 14 foram descartados. Não há registros de febre do Mayaro ou vírus Oropouche no estado.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Ministério da Saúde disponibiliza software para controle de ações judiciais no setor




O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (27) que ofertará aos estados e municípios a plataforma web S-Codes, sistema que permitirá um panorama real da judicialização em todo o país. O software foi elaborado e implantado em 2005 pelo governo do Estado de São Paulo. O ministério e a secretaria assinaram um termo de cessão, além de uma resolução tripartite (governo federal, estados e municípios) para formalizar a distribuição da ferramenta para todo o país gratuitamente. "O nosso interesse é que a judicialização sirva apenas de acesso aos cidadãos brasileiros como preconiza a constituição a saúde e não a outros interesses. Nós teremos Estados, Municípios e a União integrados nesse sistema cedido pelo estado de São Paulo. Isso vai nos permitir analisar melhor os dados, esclarecer melhor aos senhores magistrados sobre essas demandas e usar com mais justiça os recursos da saúde", afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. "Uma sentença judicial não cria um dinheiro novo, ela desloca um dinheiro de uma ação programada da atenção básica, imunização, de média e alta complexidade para a judicialização. Portanto, desestrutura todo o orçamento da saúde que estava previsto e aprovado desde o Conselho Nacional de Saúde até o Congresso Nacional", acrescentou. De acordo com a pasta, a necessidade da ferramenta foi apontada durante as reuniões realizadas pelo Grupo de Trabalho (GT) de Judicialização, coordenado pela Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

Anvisa recebe denúncias de uso de furadeira doméstica em cirurgias



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, na quinta-feira (27), uma nota técnica alertando sobre o risco de utilizar furadeiras domésticas em procedimentos cirúrgicos. O órgão recebeu denúncias do uso inadequado desse tipo de ferramenta e acionou a vigilância sanitária local para checar e autuar hospitais que cometem o erro. De acordo com a agência, furadeiras específicas para uso em cirurgias possuem mecanismos de segurança para prevenir choque elétrico, superaquecimento dos ossos e tecidos e controle de rotação, entre outros. Já as ferramentas domésticas não podem ser esterilizadas e apresentam risco de provocar necrose em tecidos devido a superaquecimento. O aparelho é usado, especialmente, em cirurgias ortopédicas. A Anvisa não divulgou que hospitais foram denunciados pela prática, nem o número de ocorrências deste tipo. (Correio do Estado)

Beber com frequência (mas pouco) reduz risco de diabetes, indica pesquisa


 

Pessoas que bebem de três a quatro vezes por semana são menos propensas a desenvolver diabetes do que aquelas que bebem com menos frequência ou não bebem, sugere um novo estudo realizado por especialistas dinamarqueses. Eles concluíram que beber moderadamente com essa frequência reduziu em 32% o risco de diabetes em mulheres e de 27% em homens - em comparação àqueles que consomem álcool menos de uma vez por semana. E mostraram ainda que o risco da doença era menor quando mulheres consumiam nove drinques por semana, enquanto que para os homens, a média era de 14 por semana. "Descobrimos que a frequência com que se bebe tem um efeito independente da quantidade de álcool consumido", comentou a professora Janne Tolstrup, do Instituto Nacional de Saúde Pública da Universidade do Sul da Dinamarca, que conduziu a pesquisa. A pesquisa, publicada nesta quinta-feira no periódico Diabetologia, se baseou em dados de mais de 76 mil dinamarqueses coletados entre 2007 e 2008 pelo órgão público de saúde do país. Os participantes foram acompanhados em média por cinco anos. Além de responder a questionários sobre estilo de vida, foram coletadas amostras de sangue e outras informações sobre suas condições de saúde. Após os cinco anos, um total de 859 homens e 887 mulheres desenvolveram diabetes. O estudo explica que não foi possível distinguir entre o diabetes tipo 1 e o 2, mas ressalta que a maioria dos indivíduos provavelmente desenvolveu a tipo 2 - que tem estreita relação com o estilo de vida, enquanto que a tipo 1 é influenciado especialmente pela genética e diagnosticado ainda na juventude. As descobertas também sugerem que nem todos os tipos de álcool têm o mesmo efeito. O vinho se mostrou especialmente benéfico, e os pesquisadores escrevem que uma explicação possível é a presença de polifenóis na bebida (especialmente no tinto), substância que reduz o açúcar do sangue, segundo estudos anteriores.

Homens que consumiam mais de sete taças de vinho por semana tinham cerca de 30% menos risco de diabetes do que aqueles que consumiam a bebida menos de uma vez por semana. Para mulheres, a média é de uma ou mais taças por semana. No caso de cerveja, homens com consumo de um a seis unidades por semana reduziram o risco 21%. Não houve diferença, no entanto, para as mulheres. Já o alto consumo de destilados entre mulheres parece aumentar significativamente o risco da doença - mas não há efeito no caso dos homens. Ao contrário de outros estudos, essa pesquisa não encontrou correlação entre o consumo excessivo de álcool e diabetes. Segundo Tolstrup, isto pode ter ocorrido pelo baixo número de participantes que relataram consumir álcool em excesso, o que foi estabelecido para o consumo de cinco ou mais copos em uma mesma ocasião.

Antibiótico Benzetacil é temporariamente suspenso no país




A penicilina benzatina, conhecida pelo nome comercial Benzetacil, está temporariamente suspensa no Brasil, desde o início de julho. Segundo a revista Veja, a farmacêutica Eurofarma, detentora da marca oficial de comercialização do antibiótico no país, anunciou que a suspensão na produção é temporária por conta de “melhorias relacionadas aos testes de validação do produto”. A Eurofarma informou que o medicamento que já foi distribuído em todo o país poderá ser consumido normalmente até a data de validade informada na embalagem. A empresa afirmou à publicação que a retomada de produção deve acontecer em meados de outubro. Quatro empresas no Brasil podem produzir a penicilina benzatina, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): a Eurofarma, que produz o remédio com nome comercial Benzetacil, a Fundação para o Remédio Popular (Furp), o Laboratório Teuto Brasileiro S/A e a Novafarma Indústria Farmacêutica LTDA. O medicamento costuma ser temido por usuários pela dor que provoca no momento da aplicação e pode durar até 24 horas depois. Em 2015, o Ministério da Saúde alertou o risco de falta de abastecimento do medicamento no Brasil por conta da escassez de matéria-prima do antibiótico.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Saúde oferecerá novo tratamento contra hepatite C



O Ministério da Saúde anunciou hoje (27) o novo tratamento para pessoas diagnosticadas com hepatite C. Independentemente do estágio de comprometimento no fígado, pacientes terão acesso gradativo a medicamentos que apresentam 90% de cura da doença. Atualmente, o país tem 135 mil pessoas diagnosticadas com a doença. O novo protocolo está vinculado à mudança na modalidade de compra dos medicamentos sofosbuvir, daclatasvir ou simeprevir, conhecidos como "combinação 3D". A partir de agora, a pasta vai condicionar os pagamentos para indústria farmacêutica à comprovação da cura do paciente. O modelo novo deve reduzir os custos no tratamento de U$ 6,9 mil para U$ 3 mil, o que possibilitará a inclusão de até três vezes mais pessoas do que as atendidas atualmente no Sistema Único de Saúde (SUS).

A hepatite C é subdivida conforme o estágio da doença entre os níveis F0 a F4. Após essas etapas, a doença pode evoluir para cirrose, câncer de fígado e levar à necessidade de transplante do órgão. Para que evitar a evolução da doença, que inicialmente não apresenta sintomas, a pasta estima aplicar 12 milhões de testes em todo país. “Queremos alcançar as 135 mil pessoas que estão contaminadas em qualquer nível de hepatite. Nesse ano, após os 12 milhões de testes de hepatite C, vamos procurar identificar mais pessoas que precisam do tratamento. Há muitas pessoas com hepatite que não sabem. A testagem é fundamental”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. A meta do ministério é zerar a fila de pacientes graves que aguardam o tratamento para a hepatite C. Atualmente, 2.800 pessoas esperam para ser tratadas. Até o momento, são medicados os pacientes em grau avançado da doença (F3 e F4). A pasta espera incluir os demais pacientes em até dois anos no tratamento.

Segundo Barros, a medida prevê o tratamento dos casos em estágio inicial da doença para que não haja a propagação do vírus, principalmente quando o paciente ainda não tem sintomas. “É uma política nova, de erradicação da hepatite C no país”, disse.

Hepatites B e C

Em 2016, o Brasil registrou 42.830 casos de hepatites virais. Nestes registros, 14.199 são casos de hepatite B, o que equivale a 6,9 casos por 100 mil habitantes. A transmissão da hepatite B se dá por sexo desprotegido e sangue contaminado. De acordo com Ministério da Educação, a vacina disponível no SUS é a melhor estratégia de prevenção contra a doença. No ano passado, os registros de hepatite C alcançaram 27.358 casos, o que representa 13,3 casos por 100 mil habitantes. A doença é transmitida pelo contágio com sangue contaminado, como transfusão de sangue, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos de uso pessoal como agulhas de tatuagem, alicates, tesouras. Ainda não existe vacina para a hepatite C. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites virais (tipos B e C) causaram 1,4 milhão de mortes em 2015, em todo o mundo. A maioria ligada às doenças hepáticas crônicas, como cirrose e câncer no fígado. No ano passado, 2.541 pessoas morreram em decorrência de hepatites virais, das quais 79,8% relacionadas à hepatite C. (AgenciaBrasil)

Alta ingestão de açúcar pode afetar saúde mental, diz estudo




O açúcar pode ser ruim não só para seus dentes e sua cintura, mas também para sua saúde mental, afirmou nesta quinta-feira (27) um estudo que foi recebido com ceticismo por outros especialistas. Pesquisadores da University College London (UCL) compararam a ingestão de açúcar relatada com o humor de mais de 8 mil pessoas em um estudo britânico de longo prazo. Os participantes do estudo, funcionários públicos, foram monitorados de 1985 a 1988, e depois desse período preencheram um questionário periodicamente. Os pesquisadores analisaram os dados desse estudo em busca de uma associação entre a ingestão de açúcar e "transtornos mentais comuns" (CMD), como ansiedade e depressão. A equipe da UCL encontrou "uma maior probabilidade" dos homens que consumiam mais alimentos e bebidas doces desenvolverem CMD após cinco anos, assim como um "efeito adverso" geral na saúde mental para ambos os sexos. Eles concluíram, em um estudo publicado na revista "Scientific Reports", que "uma menor ingestão de açúcar pode estar associada a uma melhor saúde psicológica". Mas a nutricionista Catherine Collins, porta-voz da British Dietetic Association, disse que esta recomendação "não era comprovada". Os problemas do estudo, disse, incluíam que o consumo de açúcar era relatado pelo próprio paciente e que a ingestão de açúcar a partir do álcool não era registrada. Os pesquisadores, segundo ela, pareciam confundir o açúcar naturalmente presente em alimentos como o leite com os "açúcares livres", adicionados a bebidas ou em doces. "A análise da dieta torna impossível justificar as afirmações audaciosas feitas pelos pesquisadores sobre o açúcar e a depressão nos homens", disse Collins por meio do Science Media Center, em Londres. "Reduzir a ingestão de açúcares livres é bom para seus dentes, e pode ser bom para o seu peso, também. Mas como proteção contra a depressão? Não está provado", acrescentou. O especialista em nutrição Tom Sanders concordou que os resultados devem ser interpretados "com cautela". "Do ponto de vista científico, é difícil ver como o açúcar nos alimentos teria um impacto diferente de outras fontes de carboidratos na saúde mental, pois ambos são divididos em açúcares simples no intestino antes da absorção", disse. (Bem Estar)

Anvisa suspende venda e uso de medicamentos da Idealfarma





A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a a suspensão da importação, fracionamento, distribuição, comercialização e uso de todos os produtos comercializados pela empresa Idealfarma Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda, localizada em Goiás. Segundo a publicação no Diário Oficial da União, a medida de interesse sanitária foi tomada após a análise de um relatório de uma inspeção que demonstrou o descumprimentos de Boas Práticas de Fabricação, consideradas essenciais no fracionamento de insumos alimentícios e farmacêuticos. A inspeção nas instalações da empresa foi realizada pela agência reguladora, a Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiás e a Vigilância Sanitária municipal de Anapólis. A Idealfarma fabrica e distribui insumos farmacêuticos, bases cosméticas e alimentícias, como extrato de açaí e acerola, ácido fólico, Astazine, cafeína, camomila e divesas cápsulas em gel. (O Globo)

Otorrinolaringologista dá dicas para aliviar a congestão nasal





O clima frio e seco do inverno junto com a poluição, presente no ar que desencadeiam com mais frequência nesta época do ano, os problemas respiratórios podem trazer um desconforto comum, a congestão nasal, conhecida popularmente como nariz entupido, problema que ocorre quando as mucosas do nariz se inflamam. Para aliviar esse sintoma comum em casos de gripes, resfriados e alergias, o otorrinolaringologista Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci, ensina alguns métodos simples para fazer em casa.

Lave seu nariz: Realize essa técnica com soro fisiológico 0,9% em temperatura ambiente com auxílio de uma seringa de 20 ml sem agulha, de 3 a 4 vezes por dia. O paciente deve inclinar seu corpo para frente, apertar a seringa pela narina esquerda e deixar a solução entrar e escorrer. Em seguida, repetir o procedimento do outro lado. Sempre respirando pela boca e em cima de algum recipiente onde o soro possa cair. Essa ação ajuda retirar resíduos de poluição atmosférica e possíveis invasores, como vírus e bactérias. 

Esquente suas vias respiratórias: Para dilatar as vias respiratórias tome um banho quente e inale a fumaça presente no banheiro. Outra técnica é ferver a água e colocar uma toalha ao redor da borda da tigela ou pia, com cuidado para não se queimar, e se inclinar sobre ela para respirar o vapor. Além disso, outra orientação é colocar umidificar na casa, em especial no quarto aonde irá dormir, proporcionando uma melhora da umidade do ar.

Beba líquidos: Procure ingerir pelo menos dois litros de água por dia, isso vai ajudar a diluir o muco gradualmente. E para relaxar as cavidades nasais e facilitar a descida da secreção pela garganta aposte no consumo de chás e sopas quentes. “A congestão nasal com frequência faz com que o paciente precise respirar pela boca, o que pode desencadear outros problemas como irritação da garganta, voz anasalada e ronco. Por isso, caso esse sintoma persista por mais sete dias, o indicado é marcar uma consulta com o otorrinolaringologista”, finaliza Dolci

Caso raro, criança sul-africana fica livre do HIV após 8 anos sem tratamento


Caso raro, criança sul-africana fica livre do HIV após 8 anos sem tratamento
O caso de uma menina sul-africana de nove anos que nasceu soropositiva intrigou cientistas. De acordo com relato feito nesta segunda-feira (24), em uma conferência de Aids em Paris, a paciente se manteve livre do HIV por mais de oito anos sem medicação. As drogas antirretrovirais foram usadas por apenas um ano antes da remissão completa do vírus, uma situação rara. "O caso traz a esperança de que o tratamento pode não ser para a vida inteira, mas é raro", pontuou Linda-Gail Bekker, presidente da International AIDS Society (IAS). "Há mais perguntas que respostas". A maioria dos pacientes precisa tomar o medicamento por toda a vida para manter o controle do HIV. No entanto, segundo o jornal O Globo, essa paciente fez parte de um ensaio clínico sobre efeitos de drogas antirretrovirais em bebês com o vírus. Ela recebeu tratamento logo após o parto e foi monitorada para observação de sinais de recaída.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Cegueira pode ser evitada em 75% dos casos





A preparação para conquistar à terceira idade saudável deve começar muito anos antes. Da mesma forma que o corpo envelhece, os olhos também passam pelo mesmo processo e precisam de cuidados, pois a visão é um dos principais sentidos do homem. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) apontam que a cegueira poderia ser evitada em 75% dos casos, através do diagnóstico precoce em consultas periódicas com profissional da área. De acordo com o especialista em retina e vítreo, André Príncipe, com o decorrer da idade é natural algumas alterações na visão. “A partir dos 40 anos a probabilidade de problemas visuais se torna maior. Após os 60, as possibilidades aumentam. Já depois dos 80, são comuns ainda alterações degenerativas”. O ideal é realizar avaliação regularmente e, nos idosos, os cuidados devem ser intensificados. O controle oftalmológico é essencial para a preservação da saúde dos olhos, já que com a identificação da doença no início, os tratamentos são mais eficazes, evitando a progressão do problema, com o objetivo de impedir danos irreversívei

Sesab promove webpalestra sobre esquistossomose






A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) promove, na próxima quinta-feira (27), uma webpalestra com tema "Manejo clínico da esquistossomose". A palestra, que acontece a partir das 14h30, será realizada pelo médico Mitermayer Galvão dos Reis, Mestre em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento pode ser acompanhado por meio do site da Telessaude

Criança morre em Feira de Santana com suspeita de febre maculosa







Uma menina de três anos morreu, no município de Feira de Santana, com suspeita de febre maculosa. A doença pode ser transmitida pela picada de um carrapato, suspeita que surgiu após os pais encontrarem um exemplar do animal na cabeça da criança. A paciente foi levada para o Hospital Estadual da Criança ao apresentar dor e febre. Em entrevista ao G1, o pai contou que a menina teve febre de 40 graus, além de diarreia e vômito. Uma amostra do sangue da criança está em análise no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Salvador, segundo informações da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab). Mortes por febre maculosa não eram registradas no estado há 17 anos, e o último caso foi confirmado em 2012. Apesar de não ser comum no Norte e Nordeste do país, dois casos da mesma doença foram confirmados em Salvador, informou a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Um dos pacientes foi infectado no município de Santo Amaro, no Recôncavo baiano. Ainda assim, os órgãos descartam a possibilidade de surto.