quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Hanseníase: Brasil Ocupa Primeiro Lugar no Mundo.





Doença infecto-contagiosa crónica, produzida por uma bactéria chamada Bacilo de Hansen ou Micobacterium leprae, e caracterizada principalmente por alterações da pele e dos nervos periféricos. Dependendo da reação imunológica desenvolvida na pessoa infectada, podem estabelecer-se duas formas da doença, lepra lepromatosa e lepra tuberculóide.


No passado, era muito temida, sendo o contacto com pessoas portadoras desta doença absolutamente proscrito. Hoje, com o tratamento antibiótico adequado, os portadores desta doença podem fazer parte do convívio social normal, sem representar risco à população, desde que acompanhados por médico e em uso dos medicamentos, que são de uso prolongado.

A lepra (ou hanseníase ou mal de Hansen, do nome de Gerhard Hansen, que identificou o agente da doença) é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae que afecta os nervos e a pele e que provoca danos severos. Ela é endêmica em certos países tropicais, em particular na Ásia. O Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo em casos de hanseníase. Os doentes são chamados leprosos, apesar de que este termo tenda a desaparecer com a diminuição do número de casos e dada a conotação pejorativa a ele associada.

O tempo de incubação após a infecção é longo, de 2 a 20 anos.

Um dos primeiros efeitos da hanseníase, devido ao acometimento dos nervos, é a supressão da sensação térmica, ou seja, a capacidade de diferenciar entre o frio e o calor no local afetado. Mais tardiamente, pode evoluir para diminuição da sensação de dor no local.

Perna com lesões de lepra

A hanseníase indeterminada é a forma inicial da doença, e consiste na maioria dos casos em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente avermelhada, com alteração de sensibilidade à temperatura, e, eventualmente, diminuição da sudorese (suor) sobre a mancha. A partir do estado inicial, a hanseníase pode então permanecer estável (o que acontece na maior parte dos casos) ou pode evoluir para lepra tuberculóide ou lepromatosa, dependendo da predisposição genética particular de cada paciente. A hanseníase pode adotar também vários cursos intermediários entre estes dois tipos de hanseníase, sendo então denominada hanseníase dimorfa.

Tratamento

Hoje em dia, a lepra é tratada com antibióticos, e esforços da Saúde Pública são feitos para o tratamento dos doentes, para próteses de pacientes curados e para a prevenção.
Apesar de não mortal, a lepra pode acarretar invalidez severa e/ou permanente se não for tratada a tempo. O tratamento comporta diversos antibióticos, a fim de evitar selecionar as bactérias resistentes do germe. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda desde 1981 uma poliquimioterapia (PQT) composta de três medicamentos: a dapsona, a rifampicina e a clofazimina. Essa associacção destrói o agente patogénico e cura o paciente. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.

Quando as lesões já estão constituídas, o tratamento se baseia, além da poliquimioterapia, em próteses, em intervenções ortopédicas, em calçados especiais etc. Além disso, uma grande contribuição à prevenção e ao tratamento das incapacidades causadas pela hanseníase é a fisioterapia. No Brasil o termo lepra foi substituído por hanseníase, devido à discriminacção sofrida pelos pacientes.

Ainda no Brasil, há a ONG MORHAN (Movimento de Reintegracção das pessoas atingidas pela Hanseníase) que faz um trabalho contra o preconceito e ajuda aos portadores da doença.(fonte: www.medicinaealimentacao.com)

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