quinta-feira, 10 de outubro de 2013

DERRAME CEREBRAL - SAIBA RECONHECER OS SINTOMAS


Para uma vítima do derrame cerebral, a diferença entre a recuperação e a morte ou incapacitação é medida em horas.

Para ser efetivo e evitar o dano cerebral, o tratamento deve ser iniciado até três horas após os sintomas aparecerem, mas o paciente muitas vezes não escuta o tic-tac do relógio e não age de imediato quando o derrame ocorre.

Por desconhecerem os sintomas, as pessoas esperam horas, na esperança de que o desconforto passe e perdem a chance de recuperação. Em media, o derrame mata um terço das vítimas e incapacita outro terço de forma permanente. 

Um derrame cerebral - também conhecido como AVC (Acidente Vascular Cerebral) - é uma interrupção do suprimento de sangue a qualquer parte do cérebro. Isso ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado por um coágulo (isquemia) ou quando ele se rompe, permitindo vazamento de sangue para o cérebro (hemorragia cerebral). 

A isquemia é o tipo mais comum de derrame. Geralmente resulta de artérias obstruídas, uma condição chamada de aterosclerose. Gordura, colesterol e outras substâncias depositadas nas paredes das artérias formam placas cujo acúmulo, ao longo do tempo, acaba obstruindo a passagem do sangue e provocando a criação de coágulos.

O segundo tipo de derrame, a hemorragia cerebral, ocorre quando pequenos vasos sanguíneos do cérebro se enfraquecem e se rompem.

Existe ainda o AIT (acidente Isquêmico Transitório), também conhecido como "mini-derrame, causado por uma interrupção temporária do fluxo sanguíneo para o cérebro devido a um coágulo de sangue. O AIT tem os mesmos sintomas de um derrame, mas eles são temporários e normalmente não resultam em danos ao cérebro. O AIT indica um risco maior de derrame ou ataque cardíaco, e como tal é um alerta para acompanhamento médico.


FATORES DE RISCO

Alguns dos fatores de risco estão fora de seu controle como ter histórico familiar de derrame, mais de 55 anos, ser do sexo masculino, ter diabetes ou já ter sofrido um derrame, mas existem outros fatores de risco de ordem médica ou relacionados ao estilo de vida, que podem ser controlados ou evitados:

- colesterol alto
- pressão alta
- doenças cardíacas
- diabetes
- fumo
- obesidade
- dieta rica em sal e gorduras
- consumo excessivo de álcool
- falta de exercícios

Alguns medicamentos podem aumentar a probabilidade de coágulos sanguíneos e, consequentemente, os riscos de derrame. Pílulas anticoncepcionais, por exemplo, principalmente em mulheres fumantes com mais de 35 anos.

Os homens têm derrames com maior freqüência do que as mulheres, mas as mulheres estão mais sujeitas a eles durante a gravidez e nas semanas imediatamente subseqüentes ao parto.

CONHEÇA OS SINTOMAS

Os sintomas do derrame dependem da parte do cérebro atingida. Em alguns casos, a pessoa pode nem mesmo perceber que sofreu um derrame.

Os sintomas normalmente aparecem de repente, às vezes de forma episódica (ocorrem e param) ou vão piorando ao longo do tempo, podendo incluir:

- alteração no nível de consciência (sonolência, letargia, perda da consciência)
- dificuldade em engolir
- dificuldade em ler ou escrever
- náusea ou vômitos
- dificuldade repentina em andar, tonturas, perda do equilíbrio ou da coordenação
- fraqueza ou perda repentinas da sensibilidade do rosto, braço ou perna, normalmente em um único lado do corpo
- confusão mental repentina, dificuldade repentina em falar ou entender
- dificuldade repentina de enxergar, com um ou com ambos os olhos
- dor de cabeça repentina e severa, sem causa aparente

Uma forma simples de reconhecer um derrame é seguir os passos conhecidos como SFLL: pedir que a pessoa sorria, que ela fale uma frase simples mas coerente (ex. O dia está ensolarado), que levante ambos os braços e que ponha a língua para fora da boca. Caso a pessoa tenha dificuldades em realizar essas atividades ou você note sinais estranhos (sorriso ou língua torta, incoerência na fala, falta de coordenação ao erguer os braços) procure o serviço médico imediatamente. 
Saber como os sintomas se desenvolveram é importante para o diagnóstico do derrame. Os sintomas podem ser severos desde o início, podem ir se agravando lentamente ou aparecer e sumir ao longo dos dois primeiros dias. Exames podem ajudar o médico a determinar o tipo, localização e causa do derrame e a descartar qualquer outro problema associado aos sintomas.


PREVINA-SE CONTRA O DERRAME

Monitore sua pressão arterial. Se ela for alta, siga o tratamento indicado por seu médico para mantê-la sob controle. 

Descubra se você sofre de fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que pode provocar coágulos e consequentemente um derrame. O médico pode detectar a fibrilação atrial checando a freqüência e o ritmo cardíacos e medindo seu pulso. Se o diagnóstico for confirmado, siga o tratamento recomendado para controle da fibrilação.

Pare de fumar. Fumar duplica o risco de derrames.

Beba com moderação - no máximo 2 doses de álcool por dia.

Controle seu colesterol. Na maioria dos casos, isso pode ser feito através de dietas e exercícios, mas algumas pessoas podem necessitar de medicamentos. Siga atentamente as recomendações de seu médico. 

Controle seu diabetes. Siga as orientações de seu médico com relação a dieta alimentar, estilo de vida e medicamentos para controle da doença.

Faça exercícios diariamente. Pratique uma atividade física - natação, caminhada rápida ou algum tipo de esporte - por 30 minutos no mínimo, a cada dia.

Reduza o consumo de sal e de gorduras, fatores importantes para a pressão alta.

Investigue se tem problemas circulatórios e siga o tratamento indicado. Depósitos de gordura podem bloquear as artérias que transportam sangue para o cérebro.


ESTEJA PREPARADO PARA UMA EMERGÊNCIA

Mantenha o número do Resgate em lugar conhecido e de fácil acesso.

Nem todos os sinais de derrame ocorrem em todos os casos. Não ignore sinais de derrame isolados, mesmo que eles desapareçam.

Anote o horário em que o primeiro sintoma surgiu. Essa informação é extremamente importante para o serviço médico.

Se estiver com outra pessoa, não aceite seu protesto ou sua recusa em ser atendido. É comum as pessoas negarem os sintomas ou atribuírem a eles pouca importância. Procure socorro imediatamente!

Um derrame é uma emergência médica. O tratamento imediato pode salvar sua vida, reduzindo a incidência de sequelas e melhorando suas chances de recuperação.

Fonte: American Stroke Association

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