segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Corrimento vaginal esverdeado: o que é, quais as causas e como tratar


Mudanças na cor ou no cheiro da secreção vaginal merecem atenção e cuidado. Manchas esverdeadas na calcinha podem ser indício de uma DST


Foto: Thinkstock

Toda mulher tem secreções normais que deixam a vagina naturalmente úmida. Normalmente esta secreção é clara, fluida e sem cheiro, variando em quantidade conforme o ciclo menstrual e no período de excitação que antecede as relações sexuais.

Mudanças na cor ou no cheiro da secreção vaginal podem ser sinal de problema para a saúde. O corrimento muitas vezes é uma defesa do organismo para combater bactérias e outros micro-organismos, inclusive aqueles sexualmente transmissíveis.

Manchas esverdeadas na calcinha não são normais quando o assunto é sua saúde íntima e, por isso, merecem atenção e cuidado.

Algo está errado

O corrimento esverdeado, acompanhado de um cheiro desagradável e coceira na região vaginal pode indicar uma doença chamada tricomoníase. Trata-se de uma doença sexualmente transmissível causada por um protozoário que se hospeda no útero e na vagina. A doença também pode ser transmitida por roupas íntimas e toalhas de banho contaminadas.

Às vezes em algumas mulheres a infecção não apresenta sintomas, afirma a médica ginecologista Maria Luiza Campos. Em outros casos, o corrimento provocado pela infecção pode ter cor acinzentada, explica Maria Luiza.
Diagnóstico e tratamento

Qualquer tipo de corrimento vaginal alterado pode ser considerado uma forma que o organismo tem de avisar que não está em perfeito funcionamento. É um alerta para que você procure seu médico ginecologista e cuide do problema.

Os casos de tricomoníase são diagnosticados por meio de exames de laboratório, como a análise do líquido vaginal ou o Papanicolau. O tratamento é feito com antibióticos que serão receitados pelo médico e os parceiros também precisam de tratamento para que não haja nova contaminação da doença. O homem pode estar infectado e não apresentar sintomas e, por isso, ele deve ser sempre tratado juntamente com a mulher, esclarece a ginecologista Maria Luiza.
Mude alguns hábitos e proteja-se

A higiene íntima é um fator importante na prevenção e até no tratamento de corrimentos vaginais. É preciso utilizar produtos que protejam a vagina e não interfiram nas defesas da mucosa genital. Outras simples mudanças de hábito podem garantir a sua saúde íntima e auxiliar na prevenção de doenças.
Prefira as calcinhas de algodão;
Evite roupas muito apertadas;
Evite o máximo que puder o uso de protetores diários, pois eles abafam ainda mais a região íntima (criando um ambiente convidativo aos micro-organismos que causam corrimentos);
Sempre que possível, durma sem calcinha ou passe alguns períodos sem ela.

Vale lembrar que a alimentação equilibrada tem o papel de garantir a produção constante dos lactobacilos vaginais (que são as células de defesa da vagina) e ajudar a manter o pH vaginal dentro da normalidade, evitando a proliferação de bactérias estranhas ao corpo feminino.

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